A evolução e os desafios da EaD no Brasil


Estudantes: Alexsandro Burite, Gabriela Santos, Richard Silveira
Polo: Sapeaçu


A evolução e os desafios da EaD no Brasil

A modalidade de estudo a distância não é uma inovação do último século, apesar do crescimento na oferta de cursos de ensino superior e técnico. No Brasil, o fortalecimento do sistema dos correios introduziu a educação por correspondência, através da entrega de materiais impressos para estudo. Além disso, a expansão da radiodifusão contribuiu para o desenvolvimento da educação a distância, ocasionada pela facilidade do acesso e a ampla cobertura. Em seguida, a experiência foi aprimorada com a internet.

            A história da internet no Brasil se confunde com a história da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), uma das pioneiras a implementar a rede no nosso país. Em 1975, o Ministério das Comunicações reservou à Embratel o monopólio da instalação e exploração dos serviços de comunicação de dados no País, através da portaria nº 301, de 03 de abril de 1975. A Embratel iniciou seu serviço de acesso à internet via linha discada em dezembro de 1994, através de um teste com um pequeno grupo de usuários.  Desde então, não imaginamos mais a vida sem a interação entre os meios de comunicação.

    Com o advento das tecnologias de informações e comunicações, a sociedade vem modificando seus valores sociais, as formas de comunicação, o estilo de vida e também os cenários políticos, intensificando a produção e disseminação de informações de diversas temáticas incorporadas no dia a dia. O desenvolvimento das novas tecnologias e o avanço da internet ampliaram as possibilidades de interação e aprendizado dos indivíduos comprovando os potenciais além dos limites tecnológicos, ampliando o exercício da cidadania, o aumento da visibilidade e as demandas por transparência nas ações públicas. A educação também foi influenciada com todas essas transformações.
            Com o passar dos anos, a educação ganhou novas formas de atuação. Na modalidade a distância, as TICs como ferramentas auxiliares de ensino e aprendizagem, ganharam cada vez mais destaque na formação dos profissionais. Uma das características mais relevantes é a diversidade geográfica, que não necessita da presença do indivíduo e seus mediadores no mesmo espaço.
            No Brasil, o ensino a distância foi mencionado na Lei nº 9.394 de dezembro/1996, que estabeleceu as diretrizes e as bases para a educação nacional. No artigo 80, a lei determina que o poder público deverá incentivar o desenvolvimento do ensino a distância em todas as modalidades de ensino. Para regulamentar o artigo 80, o decreto nº 9.057/17 (que revogou o decreto nº 5.622/05), conceitua a EaD como uma:
[...] modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos (BRASIL, 2017).

            É importante notar como a definição da educação a distância é abordada na lei, com destaques para a mediação didático-pedagógica, os processos de ensino aprendizagem e as tecnologias de informação e comunicação (TIC).

            A mediação didático-pedagógica está relacionada a participação do docente, que transcende seu papel de mero transmissor de informações e passa a protagonizar como mediador, facilitador de conteúdos auxiliando seus alunos no processo de construção do conhecimento.
            O processo de ensino aprendizagem promove uma maior interação entre docentes e alunos, com o objetivo de ensinar e aprender. Esse objetivo é alcançado não pelas avaliações constantes com atribuições de notas, mas sim pelo acompanhamento da construção do conhecimento do aluno ao longo dos dias.
            As TICs são ferramentas auxiliares no processo de ensino e aprendizagem. Os ambientes virtuais de aprendizado (AVA) utilizam as tecnologias para potencializar a aprendizagem em diversos contextos, tanto na flexibilidade em relação ao idioma, ideologias e reflexões, quanto aos diversos formatos e suas possibilidades de interações e comunicações. Para alcançar a eficácia no processo de ensino aprendizagem é necessário o gerenciamento dos recursos pedagógicos e tecnológicos, por isso a escolha das ferramentas, materiais e serviços deve ser realizada de maneira coerente com a proposta pedagógica do curso.
            Apesar das vantagens e dos instrumentos legais que garantem a promoção da educação a distância, a realidade ainda é adversa. Para o estudo na modalidade online, por exemplo, é primordial o acesso à internet e a utilização de equipamentos compatíveis e com as configurações necessárias, requisitos que não são acessíveis para todos aqueles que gostariam de ter acesso a essa educação.
            De acordo a União Internacional de Telecomunicações (UIT) (2015), o Brasil tem se destacado na promoção do acesso e uso das TICS. Nessa pesquisa, o Brasil foi um dos 10 países que mais obtiveram progresso no desenvolvimento da internet. A UIT afirma que, atualmente, 58% dos brasileiros têm acesso à internet. Apesar da avaliação positiva na difusão do acesso, a UIT conclui que o alto custo dos equipamentos e dos serviços ainda são os principais motivos pelos quais os  brasileiros não possuem acesso à internet. A UIT também destaca que apesar de todos os esforços para a expansão do acesso, o progresso do desenvolvimento das competências para utilizá-la não acompanha. Segundo o Livro Verde (2000), a alfabetização digital é a habilidade necessária para manuseio das TICS, que deve ser contemplada nas grades curriculares para capacitação dos usuários. E não apenas com cursos de capacitação, mas também com incentivos a utilização, para que o usuário modifique sua posição de consumidor passivo tornando-se um agente ativo, incluído digitalmente, capaz de produzir, questionar, criticar e reutilizar o conteúdo que tem acesso.

            Para aqueles que conseguiram vencer as etapas de custeio e o desenvolvimento das competências digitais necessárias para atuação no ambiente online, as estratégias recomendadas para obtenção do sucesso nessa modalidade de educação perpassam os princípios da motivação, do interesse e da disciplina, esses estão diretamente relacionados com o indivíduo. Manter-se motivado para a construção do seu próprio conhecimento é essencial para alcançar realizações pessoais e profissionais. No mesmo sentido que a motivação, o interesse deve orientar os estudos. O interesse é originado pela necessidade de entender determinadas temáticas, assuntos que despertam a curiosidade do indivíduo. A disciplina também compõe o rol dos atributos necessários para o sucesso nos estudos online. Ser disciplinado está relacionado ao planejamento das horas necessárias para ler o material pertinente, tirar dúvidas com os docentes e realizar
as atividades propostas.


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Faça você mesmo:
Construa um mapa mental traçando a evolução histórica da Ead no Brasil. No mapa deve constar comentários sobre os desafios existentes em cada uma das seis gerações e quais os avanços tecnológicos ocorridos que possibilitaram o surgimento de cada uma das gerações seguintes. O mapa deve ser feito a mão, em uma folha de papel oficio A4. Mas em sequencia o aluno deve tirar uma foto do mapa, converter a imagem em JPEG e enviar para pasta do blog. 






Referências

BRASIL. Decreto Lei nº 9. 057 de 25/05/2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://goo.gl/Tvto38. Acesso em: 22 maio 2018.

BRASIL. Decreto Lei nº 5.622 de 19/12/2005. Vetado. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://goo.gl/6k4TrJ. Acesso em: 22 maio 2018.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Disponível em: https://goo.gl/B1dmKC. Acesso em: 22 maio 2018.

BRASIL. Sociedade da Informação no Brasil: livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e
Tecnologia, 2000. Disponível em: https://goo.gl/iAfzUD. Acesso em: 22 maio 2018.

UNIÃO INTERNACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES. Organização das Nações Unidas. Agência da ONU elogia Brasil por avanços na promoção do acesso à tecnologia e à internet. Disponível em https://goo.gl/EWgznW. Acesso em: 22 maio 2018.

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